Um quarto de casa foi a lotação preenchida, no festival misto realizado na quente tarde de dia 29 em Sta. Margarida do Sado. Talvez pela noite tivesse sido maior a afluência de público.

 

 O curro Espanhol de novilhos/toiros, de Juan José Cano foi “ remendado” com um novilho de Varela Crujo, que tocou a Verónica Cabaço. Rematados e a exigirem dos toureiros, foi manso perdido o de Semedo e muito complicados os de Mendes e Parrita, mais potável o de Cerejo.

 

O cavaleiro de Porto de Mós andou fácil e despachado a deixar de forma limpa a ferragem da ordem. Quase todos de forma igual, na mesma distância e terrenos, ou seja, encontrou a porta da mina e explorou-a como soube até á volta final. Foi a melhor actuação da tarde.

 

Tito Semedo teve pela frente um garvanzo negro, com muito sentido, a defender-se antes da reunião, impossibilitou os quiebros e foi a poder de muito coração e da habilidade das montadas, que lhe entrou no quintal e lhe roubou a ferragem com que completou lide de raça.

 

Marcelo Mendes teve também do mesmo brinde, embora mais colaborante quando o cavaleiro conseguia fazer a montada chegar e parar mais perto da cara para deixar o ferro. Era também um “regalito” e foi de mérito a forma como Mendes deixou a ferragem da ordem.

 

Verónica Cabaço foi uma agradável surpresa, teve por diante um bom ajudante de Varela Crujo Herdeiros e resultou agradável a actuação, tendo em conta o amadorismo, mostrou sentido de lide, não houve as habituais desorientações e perdas fáceis de papéis de principiantes. Tem uma figura bonita a cavalo e raça, um pouco menos de velocidade nas viagens e a juntar a “Praça” que tem, podem rapidamente resultar em actuações que darão que falar. Há no entanto que dar tempo ao tempo, para que o amadurecimento seja natural e duradouro.

 

Da faena de Parrita, fica o tercio de bandarilhas mas com a flanela nada de registo a assinalar, em tábuas era difícil tourear, mesmo tendo o novilho/toiro mostrado de inicio algo de raça. Faltou experimentá-lo em mais terrenos, sobretudo os de fora, e buscar outra mão com maior insistência. De qualquer forma não era fácil.

 

No campo da forcadagem a tarde foi virada para o futuro e com os miúdos a darem conta do recado, embora tecnicamente nem sempre se estivesse bem.

 

Cascais estreou Rui Trindade, tanto na fardação como na pega, e à segunda ficou bem fechado depois de na primeira ter empranchado e os ajudas tardado a intervir. O segundo do Grupo foi pegado á primeira por João Bolinhas com o Grupo a mostrar grande coesão.

 

A mesma coesão que mostrou toda a tarde a formação de Arronches. Fábio Meira na pega da tarde (mais pela velocidade da viagem que pela dureza) e João Martins selaram à primeira a sua actuação. Mais uma que vemos de bom nível a um Grupo a seguir com atenção.

 

É justo reconhecer aqui o trabalho da peonagem, numa tarde em que tiveram muito trabalho e mostraram porque é que fazem falta.

 

Dirigiu o Sr. Agostinho Borges e ferragem e embolação da equipa de Gastão Miguéns.

  • ·          Ganadaria

Cano Muñoz

Varela Crujo

  • ·          Numero

55

11

  • ·          Idade

3

3

  • ·          Cavaleiro

M. Mendes

V. Cabaço

Nome Forcados

1º Toiro

2º Toiro

1

Ricardo Nunes (Cabo)

F

F

2

José Carlos Carreiro

F

3

João Cardoso

F

4

José Guerra

F

5

Ricardo Pedro

F

6

Manuel Barradas

F

7

Manuel Cardoso

F

R

8

Luís Faustino

F

9

David Palmeiro

F

F

10

Filipe Redondo

F

F

11

Hugo Lopes

12

Luís Bigares

13

Tiago Cabacera

F

14

João Martins

F

Pegou 1ª

15

Fábio Mileu

R

F

16

Leonel Chaves

F

17

Fábio Meira

Pegou 1ª

F

18

Paulo Florentino

F